Informe SOS Pescar - RS nº 3 | Solidariedade e união em semana de recomeços

A água já está baixando e muitas pessoas estão conseguindo acessar suas casas novamente. Neste momento, o que marca é a solidariedade: juntos, sempre teremos mais força para recomeçar.

Iniciamos a limpeza da sede administrativa do Pescar, na Zona Norte de Porto Alegre. Perdemos a absoluta maioria dos móveis de escritório, como mesas, armários e cadeiras. Por consequência, diversos arquivos em papel também precisaram ser descartados.

O foco da limpeza está na organização e na tentativa de recuperar computadores, eletrodomésticos e outros eletrônicos que compunham o espaço.

Os colaboradores da sede continuam trabalhando em home office.

Entre as perdas mais simbólicas, está o nosso estoque de cadernos do Pescar, material entregue a todos os jovens no início do curso e que marca, de certa forma, o começo das suas jornadas de aprendizado. 

Nesta semana, a Fundação Projeto Pescar anunciou o pagamento de auxílio emergencial aos colaboradores que estão impossibilitados de trabalhar presencialmente. O recurso, que chega para ajudar com o custeio da operação de trabalho em home office, já teve sua primeira parcela disponibilizada.

A Fundação também decidiu antecipar o dissídio de todos os seus funcionários, mesmo sem a conclusão das negociações coletivas junto ao sindicato. 

Semana de recomeço também em algumas Unidades Pescar em regiões atingidas pelas enchentes. Este foi o caso da Unidade Projeto Pescar Soul, em Alvorada, que retomou suas atividades presenciais. Nossa demanda de necessidades na Zona Sul do estado que não havia sido afetada também ampliou. Tudo é resultado de um trabalho de colaboração e articulação com órgãos municipais para apoiar estas famílias e viabilizar a volta dos jovens às salas do Pescar.

Nas demais Unidades atingidas em sua estrutura ou com jovens que tiveram que sair de casa, a Fundação está empenhada em encontrar soluções para, na medida do possível, retornar de forma remota. O desafio operacional é grande, mas entendemos a importância da retomada das atividades enquanto um espaço de apoio, acolhida e pertencimento. 

A força colaborativa e solidária em prol dos nossos jovens, colaboradores e suas famílias está solidificada.

Além das parcerias já firmadas nas semanas anteriores, concluímos também o cadastro junto ao Instituto Cultural Floresta, que nos possibilita agora a retirada de mais insumos necessários, como colchões, cobertores e kits de higiene e limpeza. 

Quem também está conosco é a Associação Leopoldina Juvenil, que contrata jovens do Pescar como aprendizes. Além de doações pontuais para os jovens contratados e suas famílias, a Associação também doou à Fundação rodos resistentes de madeira, necessários para este momento de limpeza pesada dos locais.

O Instituto Caldeira também abraçou os jovens do Projeto Pescar que integram a Unidade Grupo Navegantes, de Porto Alegre. Ao todo, 20 jovens serão beneficiados com a Operação De Volta para Casa, que entregará recursos direto a estas famílias, em valor equivalente a um enxoval com itens como geladeira, fogão, micro-ondas, guarda-roupa e cama. 

Em Canoas, o espírito colaborativo também marcou presença: é grande a mobilização de doações e voluntários para que os jovens da Unidade Pescar FM Logistic e suas famílias consigam voltar a suas casas. Este também é o exemplo que vemos na Ilha da Pintada, em Eldorado do Sul e em outros municípios em que o Projeto Pescar está presente.

Educação cidadã e empática: é por isso que lutamos. Na Unidade Projeto Pescar Acipi, em Piracicaba (SP), os jovens estão mobilizados na campanha SOS Pescar - RS. Assista aqui.

As atividades presenciais nas Unidades Pescar em regiões atingidas pelas enchentes estão suspensas até 7 de junho. Fica indicada a retomada da modalidade remota, desde que os jovens tenham condições de conexão (internet), bem como atividades presenciais para as Unidades com espaço físico preservado ou que já estejam em condições de uso.

Os Educadores seguem acompanhando nossos jovens, visitando os locais onde estão abrigados ou alojados, quando possível, para além do contato por telefone e/ou WhatsApp.